Atividades melhoram a execução de tarefas, mas é preciso orientação individualizada
Exercícios físicos para os idosos pode oferecer diversos benefícios. Em 2021, dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) mostraram que a população acima dos 60 anos de idade saltou de 11,3% para 14,7% no Brasil. Dessa forma, já não é segredo para ninguém que a pirâmide geracional no país está se invertendo e que, no futuro, a população será composta pela maioria das pessoas na terceira idade. Isso levanta dúvidas em relação ao bem-estar e cuidados com os mais velhos, principalmente quando falamos em atividades físicas.
Segundo Bruno Santos da Silva, gerente técnico da Smart Fit, há dois principais benefícios quando falamos em exercícios na terceira idade. “O primeiro é a melhora da aptidão física do idoso, o que significa: a capacidade que uma pessoa tem de executar, com o mínimo de esforço possível, tanto atividades físicas consideradas mais simples, do cotidiano, quanto atividades estruturadas, como
exercícios físicos específicos, esportes, entre outros. E o segundo, a promoção de saúde, agindo como método terapêutico que previnem e ajudam no tratamento de doenças proporcionadas pelo estilo de
vida, muitas vezes tendo grande impacto nesta fase da vida como as cardiopatias, obesidade, diabetes, etc”, destaca.
Quanto tempo por dia de exercícios físicos?
O profissional conta que não é preciso se tornar um atleta profissional. “A Organização Mundial da Saúde recomenda pelo menos 60 minutos de exercícios físicos”, conta. Isso pode ser uma caminhada, um alongamento e outras coisas do tipo.
Quais as contraindicações dos exercícios físicos para os idosos?
Bruno conta que tanto os idosos, como as crianças e adolescentes – grupos especiais – e até mesmo indivíduos sadios em fase adulta, precisam passar por liberação médica. “Primeiro vem a avaliação física. Depois, é possível iniciar seu programa de atividade física, com propostas individualizadas. Tudo isso de acordo com sua capacidade funcional, estado atual, respeitando sua individualidade biológica, entre outros fatores”, ressalta.
Para ele, pessoas que não podem frequentar uma academia para realização de uma determinada atividade acabam sendo um público restrito pois é sempre recomendado fazer exercício físico. “Mas, indivíduos que acabaram de realizar alguma cirurgia e até mesmo os que estão passando por um estágio viral transmissível, como gripe e Covid. Nestes casos, é indicado a não prática, para não estarem em contato com outras pessoas e também por estarem com imunidade mais baixa decorrente desta situação.”
Existe alguns exercícios físicos ou modalidades esportivas mais segura e indicada?
O profissional diz que exercícios físicos e modalidades que auxiliem na capacidade funcional do indivíduo sempre são mais seguros por dois pontos. Primeiro, porque sua execução tem uma familiaridade com o movimento corporal natural. E depois porque auxiliam em atividades cotidianas melhores para cada pessoa, podendo ser exercícios específicos como agachamento com peso corporal, auxiliando em um simples movimento de sentar-se e levantar, trazendo força para o membro inferior, tendo sua eficácia em movimentos como elevação da perna para subir um degrau ou uma escada. “O segundo é a modalidade esportiva. Como por exemplo a caminhada, podendo chegar a corridas de acordo com a capacidade individual de cada pessoa, que auxiliam no simples movimento do corpo humano de se locomover. Como também melhoram a capacidade cardiorrespiratória do indivíduo”, completa.
Quais os aparelhos da academia que os idosos deveriam evitar?
Segundo ele, é muito difícil responder a essa pergunta. “Primeiro existem vários tipos de idosos, desde 60 anos, 75 anos, 90 anos. Existe diferença entre essas pessoas. Outra coisa, existe o idoso saudável, obeso, hipertenso, diabético, entre outros. Para cada um desses, existe uma maneira diferente de se tratar quando falamos em atividade física. Por isso, precisamos prestar atenção em questões que não causem a insegurança dessa pessoa, exercícios que promovam o equilíbrio, evitando exercícios que afetam o labirinto e ainda mais com sobrecarga. É isto que dá para falar pensando no idoso em atividade física em um contexto macro. No mais, dentro de cada variabilidade e individualidade biológica e sua real situação, o exercício é muito bem-vindo”, finaliza.