Bruno Montaleone é um sucesso! Créditos: Hudson Rennan

O ator está em Mania de Você, novela das nove da TV Globo, e participará de obra de Ney Matogrosso

Bruno Montaleone começou sua carreira na TV em 2015, na novela Malhação: Seu Lugar no Mundo. Desde então, ele cravou seu lugar no mundo artístico e, só nos últimos dois anos, emendou um sucesso após o outro. A MALU teve uma conversa exclusiva com o ator sobre sua carreira e seus desafios.

Mania de Você tem tido uma ótima recepção, e seu personagem, Cristiano, está no centro de um triângulo amoroso. Como você enxerga a evolução desse personagem e o que o público pode esperar dos próximos desdobramentos?

“Cristiano vai passar por muitas situações extremas. É como se não tivesse fundo do poço, as coisas escalam de uma forma trágica. A resiliência que ele vai precisar ter para lidar com as consequências é de se admirar. Acho que todas essas situações vão fazê-lo amadurecer muito.”

Bruno, você está interpretando Marcos de Maria na cinebiografia Homem com H, um personagem muito próximo de Ney Matogrosso. Como foi o processo de preparação para esse papel e a responsabilidade de retratar uma pessoa real que teve uma história tão impactante?

“Foi um mix! Primeiro, senti toda essa responsabilidade cair sobre mim, e após conversar muito com Esmir, eu aceitei com leveza. E assim foi até o final. Para dar vida ao Marco, busquei entender como era a vida de um garoto carioca na época e como foi o surgimento do HIV e seus impactos naquele tempo. Na biografia de Ney é onde se encontra mais informações sobre a relação dos dois. E como Ney fez parte do processo do filme, tive a sorte de consultar com ele algumas memórias sobre os dois. Foi um dos momentos mais legais que a minha profissão pôde me oferecer.”

Ney Matogrosso elogiou bastante sua atuação. Como foi receber esse reconhecimento?

Olha, eu fiquei, primeiramente, muito aliviado, pois senti o peso de interpretar uma pessoa que de fato existiu e queria honrar como eu pudesse a memória dela. E segundamente, muito honrado que a pessoa que eu mais queria saber a opinião foi atravessada pelo nosso filme. Se o Ney gostou, se ele se emocionou, meu trabalho está cumprido.”

De Volta aos 15 entrou mais uma vez no Top 10 Global da Netflix. O que você acha que faz essa série ressoar tanto com o público internacional, especialmente sendo uma produção de língua não inglesa?

Acho que todo mundo gosta de uma história teen, não importa a nacionalidade (risos). Acho que o fato de qual seria o desfecho da história atraiu muita gente também, até quem não sabia da série deve ter assistido do começo. Além disso, eu adorei essa temporada, e creio que a resposta do público diz o mesmo.”

Além de Mania de Você e De Volta aos 15, você também estrelou O Lado Bom de Ser Traída, que foi um grande sucesso na Netflix. Como é ver suas produções alcançando esse nível global de visibilidade e sucesso?

Eu ainda me surpreendo com esses números, mesmo olhando para eles parece que não é real, sabe?! Para mim, como ator, é incrível ver que o trabalho conjunto dessas equipes atingiu um grande número de pessoas. É um sonho. Afinal, o que a gente quer é que cada vez mais gente assista e se emocione com a nossa história, que assim seja sempre!”

Você tem transitado entre diferentes gêneros, do drama ao romance, como em Perdida, que tem um toque de Jane Austen, mas com brasilidade e fantasia. O que você mais gosta nesses contrastes de gênero e como você escolhe os projetos em que se envolve?

“Eu quero me experimentar como ator nos mais diferentes universos e gêneros. Sou um viciado em filmes de terror, mas adoro sci-fi, fantasia, thrillers e etc. Na maioria das vezes, existe espaço para um trabalho criativo mais fora do comum, e esse tipo de experiência me atrai bastante. Tenho dito por aí, se você tem uma história muita doida, me chame pra fazer um personagem. (risos)”

Perdida levou uma legião de fãs aos cinemas. Como foi a experiência de interpretar o protagonista Ian Clarke em uma obra tão querida pelo público e baseada em um best-seller?

“Foi muito gostoso! Perdida é o xodó de muita gente por aí, e dar vida ao Ian, que já estava no imaginário de tanta gente, foi uma baita honra. A recepção do público no cinema, tão ansioso quanto a gente para ver essa história se materializar nas telonas, é algo que nunca vou esquecer. Ian terá pra sempre um lugar muito especial na minha trajetória.”

O público te acompanha tanto nas telinhas, quanto nas plataformas de streaming. Como você tem equilibrado sua presença nessas diferentes mídias e o que isso tem significado para sua carreira?

“Não sei se isso muda na prática, um set é um set. Acredito que o momento específico da minha vida me levou a tomar minhas escolhas que calharam de ser em diferentes plataformas. Eu prezo pelas histórias que me atraem mais no momento. No mais, sendo coincidência ou não, eu estou gostando de perpassar pelas diversas plataformas, acho um caminho interessante de se trilhar até porque eu quero mesmo é estar trabalhando.”

Com tantos lançamentos importantes em sequência, como você lida com a pressão de manter essa consistência e estar sempre à altura das expectativas dos fãs e críticos?

“A eterna relação do ator com as críticas… Acho que cada um cria o seu método, né? Hoje em dia todo mundo consegue dar a própria opinião nas suas redes, mas nem sempre o fazem com boa fé. É preciso estar atento a isso. O melhor jeito de lidar com isso é trabalhar e se aprimorar para ter segurança de que você entrega um bom trabalho.”