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Dietas padrão-ouro!
Em meio ao bombardeio de informações nas redes sociais, nem sempre é fácil distinguir o que realmente faz bem para a saúde do que é apenas moda passageira. O universo do wellness (bem-estar) cresce a cada ano e, de acordo com o Global Wellness Institute (GWI), o mercado global do setor deve alcançar a marca de US$ 9 trilhões até 2028, sendo o Brasil um dos países onde esse crescimento é mais acelerado. Nesse cenário, onde todo mundo quer viver melhor, um assunto que sempre rende é justamente a alimentação saudável, que pode facilmente ser um tema distorcido em meio a tanta procura pelo ‘corpo ideal’.
Manter uma dieta equilibrada é um dos pilares mais eficazes para garantir longevidade, energia e prevenção de doenças crônicas. E, segundo a ciência, três padrões alimentares se destacam nesse papel. Para esclarecer quais são eles, a MALU conversou com a nutricionista Laíta Babio, especialista em nutrição clínica funcional e integrativa do Espaço Hi.
1º lugar: Dieta Mediterrânea
Entre as mais estudadas do mundo, a dieta mediterrânea mostra como a simplicidade pode gerar resultados duradouros. “Essa dieta é a que mais se associa à longevidade e à prevenção de doenças cardiovasculares. A combinação de gorduras boas com alimentos antioxidantes favorece a saúde cerebral, intestinal e cardiovascular. Estudos de referência, como o PREDIMED Trial, publicado no New England Journal of Medicine (2018), comprovam que o padrão mediterrâneo reduz significativamente o risco de doenças cardíacas, melhora o perfil lipídico e diminui marcadores inflamatórios”, explica Laíta.
Essa dieta privilegia alimentos como: frutas, verduras, legumes, azeite de oliva extravirgem, grãos integrais, peixes e oleaginosas, com consumo moderado de laticínios e vinho tinto.
2º lugar: Dieta DASH
Criada originalmente para o tratamento da hipertensão. A dieta DASH (Dietary Approaches to Stop Hypertension, em português “abordagens dietéticas para parar a hipertensão”) rapidamente ganhou reconhecimento por seus benefícios gerais à saúde.
Segundo Laíta, pesquisas publicadas no Journal of the American College of Cardiology (2021) mostram que esse padrão alimentar reduz o risco de hipertensão, AVC e síndrome metabólica. Além disso, também contribui para o controle do peso e da energia diária. “O ponto forte da dieta DASH está no equilíbrio entre macro e micronutrientes. Ela fornece fibras, potássio, magnésio e antioxidantes essenciais para a regulação da pressão arterial e da inflamação”, destaca a nutricionista.
Essa dieta privilegia alimentos como: frutas, vegetais, grãos integrais, proteínas magras e laticínios com baixo teor de gordura, limitando o consumo de sal, açúcar e ultraprocessados.
3º lugar: Dieta Nórdica
Inspirada nos hábitos de países como Dinamarca, Noruega e Suécia, a dieta nórdica segue princípios semelhantes à mediterrânea, mas valoriza alimentos típicos da região. “O grande mérito da dieta nórdica é priorizar alimentos naturais e sazonais, mantendo um perfil anti-inflamatório e sustentável. Ela também favorece o equilíbrio da microbiota intestinal e melhora a sensibilidade à insulina”, complementa.
Estudos do American Journal of Clinical Nutrition (2019) reforçam que essa dieta está associada à redução de inflamações sistêmicas e à melhora do metabolismo. É uma alternativa viável para quem busca variar o cardápio com alimentos integrais e ricos em ômega-3.
Essa dieta privilegia alimentos como: peixes gordurosos como salmão e arenque, grãos integrais (aveia, centeio e cevada), frutas vermelhas, leguminosas e óleos vegetais como os de canola e linhaça.
“Essas três dietas têm em comum uma base vegetal, o consumo moderado de proteínas de alta qualidade, baixo teor de alimentos industrializados e foco em gorduras boas. São estratégias que combinam prazer à mesa com benefícios reais para o corpo e mente.”
Por onde eu começo?
Para que qualquer mudança alimentar seja, realmente, benéfica, é fundamental contar com o apoio de um nutricionista. É esse profissional quem montará um plano personalizado, levando em conta sua saúde atual, suas preferências e seus objetivos de longo prazo.
Seja para adotar uma dessas três dietas ou qualquer outra, o mais importante é criar uma rotina que respeite o corpo e preserve o prazer de comer. “Essas dietas mostram que saúde e sabor podem caminhar juntos. O segredo está na constância, na escolha por alimentos reais e, principalmente, na adaptação ao estilo de vida de cada pessoa”, conclui.
