Com uma carreira marcada pela busca por representatividade, a atriz se destaca em papéis complexos
A atriz Jacqueline Sato vem se destacando tanto em sua atuação quanto na produção de conteúdos que buscam ressignificar estereótipos e dar visibilidade a mulheres asiáticas. Atualmente, ela está no ar na novela das sete da TV Globo, Volta por Cima. Para construir a sua personagem Yuki, a atriz contou, em exclusividade para a MALU, que sempre começa pela imersão no texto. “Busco entender os pontos que temos em comum. Acaba sendo algo bem introspectivo, mas cheio de experimentações. Fora o olhar para dentro, também me inspirei em mulheres reais, executivas que eu acompanho e tenho admiração. Mulheres que possuem elegância intrínseca, olhar atento e são sensíveis, e ao mesmo tempo práticas.”
Surpresas…
Para a novela, a atriz garante que podemos esperar muitas surpresas de sua personagem, até porque ela mesma se surpreende todos os dias com Yuki. “Estou amando descobrir as muitas camadas, segredos e vivências do passado que ela mantém só dentro dela. Fico só imaginando por quanto tempo ela conseguirá manter isso tudo em segredo. No geral, acho que ela é uma pessoa fácil da gente gostar, tem sua leveza, cuidado com os outros, é uma ótima amiga, com quem Silvinha consegue conversar sobre assuntos mais profundos e sensíveis, que nem sempre consegue conversar com as outras pessoas do seu meio. Acho bem bonito esse elo de vulnerabilidade entre ambas, que as aproxima e fortalece”, pontua.
Jacqueline vai além da atuação
Além de atriz, Jacqueline também atua como produtora e roteirista. Um dos seus projetos de maior impacto foi o programa Mulheres Asiáticas, que trouxe uma nova perspectiva sobre a representatividade dessas mulheres no Brasil. “Foi uma jornada enorme, interna e, depois, externa. É extremamente importante dar visibilidade a esse recorte. Passei a vida toda sentindo falta”, disse. A atriz compartilha sua emoção ao ver mulheres como a chef Telma Shiraishi e a atriz Ana Hikari ganharem espaço no programa, que busca desconstruir visões estereotipadas. “Ressignificar o olhar estereotipado… Substituí-lo por referências reais e inspiradoras foi o caminho que escolhi”, revela.
Jacqueline também se destaca na produção cinematográfica, sendo produtora associada do curta Amarela, indicado a Cannes. “Quando li o roteiro, me emocionei muito, e tive a certeza que eu queria fazer parte dele, da forma que eu pudesse, para que ele chegasse ao mundo o quanto antes e da melhor forma.”
Além disso, a atriz também é embaixadora do Greenpeace Brasil e tem um forte atuação em causas ambientais. “Se posso ser um veículo para difundir mais as mensagens que julgo serem importantes… por que não realizar essa integração?”, finaliza Jacqueline.