Relacionamento aberto: vale a pena? Pesquisas indicam que pessoas em relacionamento aberto enfrentam maiores problemas psicológicos do que os monogâmicos

Pesquisas indicam que pessoas neste tipo de relação enfrentam maiores problemas psicológicos do que os monogâmicos

Desde que o ser humano se entende por gente, o relacionamento monogâmico é a regra da sociedade. E se alguém dentro da relação decide investir em outra pessoa, é considerado traição – mas esse não é o caso com o relacionamento aberto.

Nos últimos anos, esse tipo de relação virou algo cada vez mais comum, e ele consiste em não ter exclusividade do ponto de vista sexual. Ou seja, o casal pode se envolver com outras pessoas, mas não é permitido colocar sentimento no meio. Dentro desse relacionamento, os parceiros definem acordos que funcionam para eles, como qual o tipo de relacionamento físico eles podem ter e afins.

Momento da decisão

Para Caio Bittencourt, especialista em relacionamentos do site de namoro MeuPatrocínio, o que leva as pessoas a procurarem o relacionamento aberto é buscar explorar sua liberdade e sexualidade fora dos limites das relações monogâmicas tradicionais. “O relacionamento aberto pode oferecer ao casal mais liberdade para explorar diferentes parceiros e formas de intimidade fora de seu relacionamento. O que pode ser benéfico para aqueles que querem experimentar com seu próprio gênero ou curtir algo a mais com alguém sem necessariamente se comprometer com essa pessoa, ou junto como um casal e uma terceira pessoa”, explica.

Os dois lados da moeda

Existem benefícios e consequências dessa escolha. O primeiro é conhecer novas pessoas sem trocar de parceiro fixo, mas não é todo mundo que consegue levar essa relação de maneira saudável. “Se o casal não estiver totalmente em acordo, sem a honestidade e transparência como base, o relacionamento aberto terá consequência. Como questões psicológicas maiores do que aquelas enfrentadas por indivíduos em relações monogâmicas. A insegurança, o medo e a ansiedade criada por essa relação pode afetar drasticamente esse indivíduo fazendo com que ele tenha mais problemas em se relacionar no futuro”, revela o profissional.

O que a ciência diz?

O especialista afirma que as pesquisas apontam para o lado negativo do relacionamento. “Um estudo recente publicado na revista Psychological Science identificou que casais em relacionamentos abertos
relataram níveis mais altos de insegurança do que casais em relacionamentos monogâmicos, sugerindo que a não-monogamia pode não ser tão segura emocionalmente quanto alguns acreditam, causando mais problemas psicológicos”, analisa.

Insatisfação

Ao lidar com essas consequências citadas por Bittencourt, chega o momento da insatisfação, mas não existe uma regra para ela, cada casal reage de uma forma. Os sinais mais comuns são impaciência, e uma das partes se torna mais distante e menos afetiva. “Qualquer relacionamento abusivo pode gerar danos psicológicos, então há de estar atento a sinais de que o relacionamento deixou de ser algo agradável como deveria ser e se tornou algo que demanda absurdo esforço para fazer dar certo”, completa o especialista em relacionamentos do MeuPatrocínio.

Para lidar com isso, Bittencourt recomenda estar perto das pessoas que te apoiam e procurar ajuda com profissionais, como psicólogos.