O que é o burnout de meio de ano? Esse sentimento constante de frustração, somado à pressão para entregar resultados, pode levar ao chamado burnout de meio de ano

Especialista alerta para os sinais de esgotamento emocional causados pela pressão e autocobrança excessiva nesse período

O meio do ano costuma trazer uma sensação de pressa e cobrança. Já se passaram seis meses, e para muita gente, isso vem acompanhado da impressão de que o tempo está escapando — e de que é preciso correr para dar conta de tudo o que ainda não foi feito. Esse sentimento constante de frustração, somado à pressão para entregar resultados, pode levar ao chamado burnout de meio de ano. Segundo a psicóloga Denise Milk, o quadro é marcado por um cansaço profundo e desmotivação: “O corpo segue em movimento, mas a alma já parou faz tempo”, explica.

De acordo com a especialista, esse esgotamento é diferente de um simples cansaço físico. “É quando você já acorda sem energia, mesmo depois de dormir, e tem a sensação de estar sempre devendo algo para si ou para os outros.”

Como lidar com o burnout de meio de ano?

1.⁠ ⁠Reavalie suas metas

“Não é porque você não cumpriu tudo o que planejou em janeiro que o ano está perdido. É importante aceitar que as prioridades mudam e que ajustar o rumo faz parte do processo.”

2.⁠ ⁠Diminua a autocobrança

Denise alerta para o impacto de metas irreais: “Quando você se exige além da conta, o cérebro entra em estado de alerta constante. Isso drena sua energia mental e emocional.”

3.⁠ ⁠Faça pausas intencionais

“Descansar não é perda de tempo. É estratégia de saúde. Momentos de silêncio, respiração e presença são essenciais para recuperar o equilíbrio.”

4.⁠ ⁠Cuidado com comparações

A psicóloga chama atenção para os efeitos negativos das redes sociais: “Elas criam um padrão inalcançável de sucesso. Cada pessoa tem seu ritmo. O meio do ano não é uma linha de chegada.”

5.⁠ ⁠Busque ajuda profissional

Se o cansaço estiver afetando o trabalho, as relações ou a sua saúde, Denise reforça: “Psicoterapia é um espaço de acolhimento e reorganização interna. Procurar ajuda não é fraqueza, é maturidade.”

“Mais importante do que acelerar é respeitar seus limites. O recomeço pode ser agora, com mais consciência e menos culpa”, finaliza a especialista.