
A artista revive a divertida e determinada Dita, agora como protagonista em Êta Mundo Melhor!
Quando recebeu o telefonema com o convite para o retorno de Êta Mundo Melhor!, Jeniffer Nascimento não imaginava que viveria Dita novamente — e muito menos como protagonista. “Jamais esperava essa continuação da novela. E, se houvesse, não pensava que voltaria, porque minha personagem era menor em relação a outros. Mas ela sempre foi muito querida por mim. Em Êta Mundo Bom! contracenei com grandes artistas e aprendi muito. Quando soube que voltaria como protagonista, fiquei muito feliz. A ficha demorou a cair”, relembra.
Mudança dentro e fora da tela
Jeniffer, ao analisar sua personagem, entende que a Dita de agora é mais dona de si. “Na primeira parte da novela, ela já mostrava autenticidade. Agora, toma as rédeas da própria vida, enfrenta preconceitos e decide encerrar um casamento que não a fazia feliz”, explica a atriz, que também amadureceu. “10 anos depois, eu me casei, tive filha, me separei, fiz outros trabalhos, venci um reality musical… Tudo isso contribuiu para esse momento da personagem.”
Um balanço para o equilíbrio
Encontrar o equilíbrio da personagem é um desafio que encanta a atriz. “Admiro a firmeza e caráter de Dita. O difícil é manter essa linha entre não virar uma mocinha chorona nem uma pessoa briguenta demais.”
O peso de ser o rosto principal de uma novela de época escrita por Walcyr Carrasco também é algo que emociona Jeniffer. “É uma honra. Sempre quis trabalhar com ele e ser sua protagonista é um presente. Ele me viu cantar num musical e lembrou disso anos depois. Agora, com Mauro Wilson dando sequência, está brilhante”, afirma.
O caminho percorrido
Crescida na Cohab 1, em São Paulo, a atriz se emociona ao lembrar da trajetória. “Sempre agradeço à Mini Jenny, que sonhava olhando as estrelas pensando no que ela queria e onde ela podia chegar. Abri mão de parte da infância para me dedicar à profissão. Hoje é o momento de colheita”, diz emocionada.
Além disso, para chegar onde está hoje, Jeniffer já passou pela TV, teatro, cinema e na música, e para ela, todas as linguagens artísticas se completam. “A música, por exemplo, me ajuda muito na atuação, até para construir sotaques. A Dita cantora é diferente da Jeniffer cantora, e isso exigiu estudo para captar a impostação e o estilo da época.”
Lado mamãe
A atriz, que é mãe de Lara de 1 ano e 7 meses, entende que a maternidade também trouxe novas camadas à sua sensibilidade. “Quando soube que estava grávida, me programei para ficar o primeiro ano da minha filha todos os dias com ela. Com a maternidade, me tornei um ser humano melhor — e também uma atriz melhor — porque a empatia cresce muito.”
O carinho do público
Jeniffer agora escreve mais uma página especial da carreira, e entende que conquistar o público como protagonista é um grande trunfo. “Porque seu personagem está constantemente ali, mais exposto, então a chance das pessoas enjoarem ou criarem alguma cisma acaba sendo maior. Mas o público está abraçando a Dita, se identificando com ela e com o casal Candita. Espero que esse carinho dure até o final da novela”, finaliza a atriz.