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Essa ação é indispensável para a melhoria de processos, o aumento da produtividade e as mudanças de comportamento que não são adequadas.
De acordo com a Especialista em Transição de Carreira e Desenvolvimento Profissional, Andreia Rodrigues, dar feedback é responder a uma solicitação ou reação a algo que aconteceu. O objetivo dele é identificar a origem do problema e desenvolver soluções de melhoria. “Esse feedback pode estar ligado a dar uma análise positiva ou uma análise crítica do comportamento de um indivíduo”, explica.
As empresas utilizam muito esse termo na gestão de pessoas. Além de ser indispensável quando o assunto é evolução profissional, até mesmo para problemas do dia a dia em uma organização. “Existem feedbacks positivos, negativos e construtivos, cada um tem sua finalidade específica para se atingir os melhores resultados.”
Quem pode dar feedback?
A melhor pessoa para dar feedback é aquela que tem uma posição de hierarquia acima daquela que o receberá. Além disso, é ideal que seja o gestor ou o próprio profissional de Recursos Humanos. “O que precisamos observar de fato é se a pessoa que aplica o feedback tem as habilidades necessárias para isso. Isso inclui saber falar de forma clara, ter as informações completas sobre o que será tratado, a capacidade de apresentar soluções para o que se espera resolver e o plano de ação que é indispensável ao final do feedback”, completa Andreia.
Evolução
Essa devolutiva tem um papel importantíssimo na evolução profissional das pessoas. Através do feedback, podemos ter clareza sobre o que precisa ser melhorado. Além do que se espera de seus comportamentos no ambiente de trabalho, seus pontos fortes e suas qualidades. “Em caso de um feedback positivo ou mesmo em um feedback construtivo no qual o ideal é trazer as qualidades do funcionário, fazer elogios, falar do que é positivo, trazendo maior autoestima, mais segurança ao realizar suas tarefas e incentivar até mesmo a busca por uma promoção, posição de maior prestígio dentro da organização que trabalha”, aponta.
Além disso, o feedback pode também incentivar o profissional a se aprimorar na sua profissão. Como fazer cursos e especializações em sua área de atuação, ter um plano de carreira, almejar o crescimento e evolução profissional, entre outros benefícios.
Melhor forma de oferecer feedback
Andreia separou alguns cuidados para garantir que esse momento ocorra da melhor forma.
- O ambiente deve ser particular e proporcionar segurança a quem vai receber o feedback. Caso tenha mais de uma pessoa envolvida, que seja somente aquela que realmente precisa estar ali presente.
- Antes de começar, a primeira coisa que devemos afirmar é que o objetivo daquela conversa é dar um feedback. “Assim deixar claro de que se trata de feedback e não de uma conversa sem finalidade ou informal demais”, explica.
- A conversa deve começar trazendo as qualidades do indivíduo que irá receber feedback. Pois é importante que ele saiba que não está ali somente para ser cobrado de alguma forma. E se sinta desvalorizado, mas sim para ser apoiado e ajudado.
- Ao entrar de fato no problema que originou a conversa, o gestor deve trazer perguntas que possam levar o outro a tomar consciência das consequências de suas ações, do que pode acontecer ou que já esteja acontecendo devido a esse comportamento que precisa ser mudado.
Exemplos de feedback
“Por exemplo, se o funcionário está faltando muitas vezes ou deixando de realizar uma tarefa que é sua, é fundamental trabalhar a tomada de consciência da parte dele. De que, quando ele falta outras pessoas acabam fazendo o seu trabalho e assim fica sobrecarregado e ele próprio irá se sobrecarregar no dia seguinte. Porque estará suas tarefas acumuladas o que poderá levar ao estresse. Ou que o trabalho que não foi feito naquele dia pode estar trazendo algum tipo de perda financeira para empresa ou seus clientes. E, por fim, que o próprio será prejudicado na hora da avaliação de desempenho”, exemplifica Andreia.
- Pedir que ele apresente um plano de ação para tal mudança, caso o funcionário tenha dificuldade de apresentar as soluções o gestor trará opções e juntos vão elaborar ações para as melhorias necessárias. É importante que as ações sejam dentro da realidade, de nada adianta exigir demais ou prometer demais o que não pode ser realizado, como consequência poderá gerar frustrações e acarretar outros problemas. Ao chegarem juntos as conclusões e o plano de ação, agendar nova data para falar novamente sobre o assunto e assim acompanhar a evolução da aplicação das ações que foram definidas.
- “Por fim, o feedback deve ser finalizado de forma tranquila, com elogios se possível e nunca de forma autoritária pela pessoa que aplicou o feedback, também devem ser usadas palavras de incentivo e que elevem a autoestima do empregado de forma que ele se sinta valorizado e importante dentro da organização.”
Momento construtivo
O feedback em si tem a proposta de ser sempre positivo ou até mesmo neutro, já que sua intenção é instigar melhoras. Por isso, Andreia alerta que esse momento nunca deve ser feito de uma forma autoritária e grosseira. “Como o ambiente inadequado com pessoas ao redor, tom de voz alterada, líder despreparado e que desconhece o assunto a ser tratado, não apresenta nenhuma solução e faz várias cobranças. Esse tipo de feedback pode levar o funcionário a ter sérios problemas como perda da produtividade, pode levar problemas de saúde mental, exposição diante da seus colegas de trabalho, ou mesmo fofocas pelos corredores da empresa. Esse sim seria um feedback negativo”, finaliza a profissional.
