
Reposição de nutrientes, rotina de autocuidado e acompanhamento especializado podem ajudar a reduzir o impacto do cansaço nessa fase
A menopausa é uma fase natural e inevitável da vida da mulher. Com ela, chegam sintomas que vão muito além das conhecidas ondas de calor. A fadiga, por exemplo, é um dos sinais mais frequentes e, muitas vezes, subestimados. Um cansaço físico e mental que interfere diretamente na qualidade de vida, no humor e na disposição para atividades rotineiras, gerando impactos importantes na produtividade. Apesar de comum, esse sintoma não precisa ser encarado como algo normal ou inevitável.
Cansaço extremo e menopausa andam lado a lado
A sensação constante de exaustão está relacionada a uma combinação de fatores que se intensificam durante a menopausa, como alterações hormonais, neuroquímicas, distúrbios do sono, deficiências nutricionais e o acúmulo de demandas emocionais e sociais. Por isso, com o acompanhamento adequado, é possível reduzir seus impactos e atravessar esse período de forma mais saudável, adotando uma abordagem ampla, personalizada e que respeite as particularidades de cada mulher. Intervenções simples — como ajustes na alimentação, reposição de hormônios bioidênticos, suplementos personalizados e estímulo à prática de atividades físicas — podem gerar mudanças significativas na rotina.
Dicas de como amenizar os sintomas
Para o médico Fábio Gabas, cofundador da Hmetrix, o primeiro passo é compreender que a fadiga não é um “efeito colateral” inevitável da menopausa, mas sim um sinal de alerta do corpo. “É fundamental investigar a origem desse sintoma em cada paciente. Muitas vezes, o cansaço persistente está relacionado a múltiplos fatores que podem se sobrepor. Desde deficiências nutricionais, como baixos níveis de ferro ou vitamina B12, até alterações na produção de energia mitocondrial, processos de inflamação crônica e estresse oxidativo. Além de disfunções hormonais próprias dessa fase. Cada um desses elementos precisa ser cuidadosamente avaliado para que o tratamento seja eficaz e personalizado”, explica.
A saúde preditiva, nesse contexto, torna-se uma ferramenta importante para melhorar a qualidade de vida nessa fase. Ao reunir dados clínicos, laboratoriais e de estilo de vida, essa abordagem permite antever desequilíbrios antes que se transformem em doenças ou sintomas limitantes. Com base nessa análise individualizada, é possível traçar um plano de cuidado que vá além do tratamento pontual e que leve em consideração a prevenção e o bem-estar a longo prazo.
Mais do que tratar sintomas, o objetivo é proporcionar às mulheres uma vivência mais consciente e equilibrada dessa fase da vida. Com suporte profissional, acesso à informação e estratégias personalizadas, a menopausa pode deixar de ser um período de sofrimento para se tornar uma etapa de reconexão e cuidado consigo mesma para uma vida plena.