Dados alarmantes da Sociedade Brasileira de Salvamento Aquático (Sobrasa) mostram a importância da atenção com os pequenos
De acordo com a Sociedade Brasileira de Salvamento Aquático (Sobrasa), 55% das mortes de afogamento na faixa de 1 a 9 anos de idade ocorrem em piscinas e residências. Com o calor cada vez mais intenso e as férias escolares, as crianças querem buscar uma forma divertida de se refrescar, mas sem atenção e cuidado dos responsáveis, uma diversão pode virar tragédia.
Você não percebe!
O afogamento normalmente ocorre de maneira rápida e silenciosa. Muitas vezes, ele acontece em um breve momento em que a criança se encontra sem supervisão. “Em apenas dois minutos submersa, a criança perde a consciência. Após quatro minutos, danos irreversíveis ao cérebro podem ocorrer”, detalha Erika Tonelli, especialista em Entornos Seguros e Protetores da Aldeias Infantis SOS.
Como prevenir?
Erika fornece dicas fundamentais para seguir e evitar o afogamento:
- Nunca deixe crianças sozinhas quando elas estiverem dentro ou próximas da água, nem por um segundo. “Nessas situações, garanta que um adulto estará supervisionando de forma ativa e constante, o tempo todo.”;
- Ensine as crianças que nadar sozinhas, sem ninguém por perto, é perigoso;
- O colete salva-vidas é o equipamento mais seguro para evitar afogamentos. “Boias e outros equipamentos infláveis passam uma falsa segurança, mas podem estourar ou virar a qualquer momento”, aponta;
- Tenha um telefone próximo à área de lazer e o número do atendimento de emergência sempre visível (SAMU: 192; Corpo de Bombeiros: 193);
- Muitos casos de afogamentos acontecem com pessoas que acham que sabem nadar. Não superestime a habilidade de crianças e adolescentes;
- “Crianças devem aprender a nadar com instrutores qualificados ou em escolas de natação especializadas. Se os pais ou responsáveis não sabem nadar, devem aprender também”, aconselha;
- Fique atento! Crianças pequenas podem se afogar em qualquer recipiente com mais de 2,5cm de profundidade de água ou outros líquidos, seja uma banheira, pia, vaso sanitário, balde, piscina, mar ou rio;
- Ensine as crianças a não correr, empurrar, pular em outras crianças ou simular que estão se afogando quando estiverem na piscina, lago, rio ou mar.
Piscinas protegidas!
Não só as crianças precisam estar preparadas, mas também o ambiente. Proteger as piscinas é essencial para que, caso a criança ou o adulto se distraia, a segurança permaneça. “Piscinas devem ser protegidas com cercas de no mínimo 1,5 m de altura e portões com cadeados ou trava de segurança. Atenção: alarmes e capas de piscina garantem mais proteção, mas não eliminam o risco de acidentes. Além disso, evite deixar brinquedos e outros atrativos próximos à piscina e reservatórios de água”, indica Erika.
Em caso de afogamentos ligue imediatamente para um número do atendimento de emergência:
SAMU: 192
Corpo de Bombeiros: 193.
Ou busque por um guarda vida se for um local que tenha este profissional.