“Floribella” voltou! Juliana Silveira comemora novo show no Rio Foto: Pino Gomes

No dia 1º de maio, o público carioca reviveu a magia e a nostalgia de uma das personagens mais icônicas da teledramaturgia infantojuvenil brasileira. Juliana Silveira subiu ao palco da Cidade das Artes, no Rio de Janeiro, para apresentar o show comemorativo dos 20 anos de Floribella, novela que marcou uma geração. O show faz parte de uma turnê especial que percorre o Brasil ao longo de 2025. E já virou um marco para os fãs, que aguardavam ansiosamente o retorno da eterna Floribella aos palcos.

No palco, Juliana revisitou as maiores músicas da novela e, para ela, isso marcou uma memória afetiva intensa, tanto para o público quanto para a própria atriz. “É uma personagem que mudou a minha trajetória profissional e tem um significado especial na minha vida. Foi nesse momento que entendi que era uma artista e que deveria seguir esse caminho profissional. Sou muito grata por todas as experiências da época e me sinto feliz em celebrar essa história com o público, vinte anos depois”, conta, em entrevista exclusiva para a MALU.

Um tributo

Juliana explica que agora possui liberdade criativa para reinventar a personagem. “Hoje posso tomar decisões inovadoras e me expressar com maior liberdade. Trata-se de uma Floribella revisitada, mais madura, mas que não perde a essência encantadora que tocou o coração de tantas crianças. É como contar a minha história e celebrar junto com quem me acompanhou desde o início”, afirma a artista, que celebra não apenas os 20 anos da personagem, mas também sua trajetória pessoal e profissional.

Desafios e delícias

Revisitar um personagem depois de 20 anos não é fácil, muito menos montar toda a estrutura de um show. Essa preparação envolve muitos desafios, mas também traz inúmeras recompensas. “A parte mais gratificante é a artística. Criar, sonhar, definir a ordem das músicas, decidir o que direi ao público e estar com eles por inteiro, curtindo cada segundo da emoção de estar em um palco. Os maiores desafios se concentram na produção, nos custos altíssimos e na logística.”

“Eu posso garantir que as pessoas voltarão no tempo comigo e cantarão alto as músicas que marcaram a infância, mas o repertório continua superatual. Quanto mais o tempo passa, mais gosto das músicas e crio uma nova relação com elas”, explica.

Além de Floribella

Além da personagem da Band, Juliana também tem algumas outras que ocupam um lugar especial no seu coração. “A Julia de Malhação foi a minha primeira protagonista. As minhas vilãs da época de Record TV: a neonazista Priscila Schiller e a rainha de Jericó Kalési também são emblemáticas e foram um ponto de virada pra eu poder mostrar o meu amadurecimento artístico. A Lara foi a minha primeira protagonista de série de TV para a Warner Channel e me marcou demais por ser a primeira da minha transição já fora da televisão e das novelas.”

Uma mensagem

Para a Juliana de 20 anos atrás, que estreava como protagonista de uma novela infantil, eu diria: “Acalme o seu coração e não se abale tanto com a opinião dos outros. Esse ruído, de que eu não estava no lugar certo ao realizar algo marcante, me magoou por um tempo. Eu sentia e sabia da importância que Floribella teria, mesmo com o passar dos anos; por isso, naquela época, protegi essa história. Mas, mesmo diante de todos esses desafios, surgiram lições que carrego comigo e que são valiosas. Eu diria: seja corajosa, mantenha um coração limpo e não desista. Mesmo com os desafios, no tempo certo, Deus abre as portas. Esteja pronta para atravessar essa porta e cumprir seu propósito de levar alegria e amor através da arte. O resto é história”, finaliza.