Você sabia que as variações hormonais desse período causam alterações na pele e nos cabelos?

Na menopausa, ocorre um desequilíbrio hormonal. Especificamente, os níveis de estrogênio diminuem, o que, por sua vez, leva a sintomas bastante desagradáveis, como ondas de calor, suores noturnos, secura vaginal, alterações no sono e de humor, depressão, entre muitos outros.

Além disso, é importante destacar que, além desses sintomas bem conhecidos — e temidos — pelas mulheres, também há outros efeitos menos comentados. De acordo com Luciane Scattone, dermatologista especialista pela Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) e membro de diversas associações médicas renomadas, como a Associação Médica Brasileira (AMB), a American Academy of Dermatology (AAD) e a International Society of Dermatologic Surgery (ISDS), ocorre também degradação do colágeno e das fibras elásticas. Como resultado, há uma flacidez da pele, acompanhada de ressecamento devido à falta de hidratação.

Pele na menopausa

A dermatologista aponta que as alterações na pele são resultado de queda hormonal, natural para essa fase da vida. “Como a produção de estrogênio e progesterona cai, ocorre a diminuição também da produção de fibras de elastina e colágeno, gerando um aumento da flacidez, perda de elasticidade e tônus. A pele fica mais fina, frágil, ressecada e sem brilho”, completa.

Cabelos

Mas afinal, por que a menopausa pode levar ao afinamento e à queda de cabelo? Quais são, portanto, os mecanismos biológicos por trás desse processo? Segundo Luciane Scattone, “os ciclos de crescimento do cabelo diminuem, de modo que o novo crescimento não consegue acompanhar a queda de cabelo normal, que seria de aproximadamente 100 fios por dia, além de haver uma diminuição na espessura do fio”. Dessa forma, o desequilíbrio hormonal típico da menopausa afeta diretamente a saúde capilar, contribuindo para esses sintomas.

Como minimizar os efeitos da menopausa?

A dermatologista indica:

  • Hidratação adequada da pele;
  • Uso de cremes à base de vitamina C, ácidos e peptídeos;
  • Tratamento e tecnologias para regeneração do colágeno;
  • Uma boa alimentação;
  • Uso protetor solar diariamente;
  • Praticar atividades físicas e sociais.

“Hoje contamos com vários tratamentos combinados, como toxinas, preenchimentos, bioestimuladores de colágeno, e tecnologias de última geração com a proposta de prevenir ou tratar esses quadros. Em
relação ao cabelo existem medicações tópicas e por via oral que ajudam”, destaca a médica.