Entenda, de uma vez por todas, o que você precisa para dar o primeiro passo
1o passo dos investimentos
De acordo com a chefe de economia da Rico, Rachel de Sá, a primeira coisa é se organizar financeiramente. “Se pergunte: ‘para onde vai o meu dinheiro todo mês’? E defina quais são os seus gastos fixos (aluguel, escola dos filhos, faculdade, parcela do carro, ração do pet e afins), aqueles que você precisa pagar todo mês, e gastos variáveis (relacionado mais com lazer, como sair para comer, comprar uma roupa, ir ao cinema, viagem de fim de semana e afins). A ideia aqui é você entender para onde vai o seu dinheiro todos os meses”, explica.
Importante!
Os seus investimentos não podem vir dos seus custos fixos, a não ser que você tenha como diminuí-
los, mas isso a profissional conta que só indica para pessoas que estão endividadas.
2o passo dos investimentos
A chefe de economia faz um alerta: faça uma reserva de emergência antes de investir! Depois que você organizou as finanças e já entendeu como funciona seu dinheiro, pegue seu custo fixo e multiplique em
6 ou 12 vezes. Por que? Rachel explica que esses dois números são os meses que você está salvando. Exemplo: Caso você seja mandado embora do seu emprego, você tem uma reserva de emergência que cubra entre 6 a 12 meses os seus gastos fixos, o que previne que você entre em dívidas e, até mesmo, afete sua saúde mental.
3o passo dos investimentos
O terceiro passo é determinar o seu objetivo com o investimento. No começo, não precisa ser um baita
objetivo, que seja super determinado e específico, mas é importante pensar nisso. “Às vezes você quer comprar uma casa nova, ou está pensando na sua aposentadoria, e quer começar a se planejar para isso. Aqui no Brasil, a gente tem uma vantagem tributária. A menor alíquota que você chega de imposto de renda é da previdência, por isso sempre vale pensar na sua previdência, desde novo. Então, é legal pensar em vários objetivos, seja de curto ou a longo prazo”, completa Rachel.
4o passo dos investimentos
Já tendo construído a sua reserva de emergência, aí você vai olhar para os investimentos. Aqui você vai analisar os seus objetivos, e ver qual é o seu modelo de investidor: moderado, conservador ou agressivo. “No início, nós recomendamos diversificar os seus investimentos em vários fundos. Muitas pessoas têm medo de fazer isso logo no começo, mas é importante, do mesmo modo como não recomendamos investir em algo que você não entenda, porque você pode perder bastante dinheiro, já que existem mercados muito sofisticados e que só se você estudou muito, indicamos investir neles.”
Onde colocar os investimentos da minha reserva de emergência?
Em um investimento que tenha liquidez diária, ou seja, que você possa sacar o valor a qualquer momento, é necessário ser um lugar seguro. “Os melhores investimentos para reserva de emergência são: Tesouro SELIC – tesouro direto – que segue a rentabilidade da SELIC – hoje a SELIC está bem alta, com 13,75%, e a expectativa é que ela venha a cair. Mas independente se cair, ali não é o lugar que você vai estar buscando ganhar dinheiro; além disso, temos o CDBs, que são títulos de bancos que tenham liquidez diária e paguem o mínimo de 100% do CDI (é basicamente a taxa SELIC). Alguns fundos de investimento podem ser uma boa para reserva de emergência, normalmente são os chamados Fundos CI, mas cuidado se eles tiverem CP no final do nome, pois quer dizer que tem crédito privado, o que não recomendo”, detalha Rachel.
Perfil dos investidores
- Conservador: essa pessoa prefere investir em opções que oferecem baixo risco e valorizam a segurança. Normalmente, estão focados em não perder dinheiro e em preservar seu patrimônio.
- Agressivo: esse é o mais tolerante ao risco. Esse investidor está mais aberto para entender a dinâmica do mercado e costuma ser mais experiente – que entende bem sobre seus investimentos – além de não se abalar facilmente por eventuais perdas.
- Moderado: já esse investidor é uma mistura dos dois acima. É uma pessoa que mantém forte seu interesse pela segurança, mas está disposta a abrir mão de parte dela, às vezes, para obter maior retorno financeiro.
Por fim…
Rachel finaliza o passo a passo, apontando que não existe um valor recomendado para quem quer começar a investir, mas recomenda seguir a regra do 50/30/20.
- 50% – gastos fixos
- 30% – gastos variáveis
- 20% – investimentos
“Faça mensalmente, tenha uma consistência nos investimentos, não só comportamentais, mas pelos juros compostos, porque quanto mais você coloca, mais ele rende”, finaliza.