Tensão emocional é um dos principais gatilhos da enxaqueca, mas mudanças na rotina ajudam a reduzir frequência e intensidade das crises
O estresse, muitas vezes percebido apenas como um estado emocional, é um dos fatores mais comuns e potentes para o desencadeamento e agravamento da enxaqueca. Segundo o médico da dor, Felipe Brambilla, a resposta do organismo ao estresse ativa mecanismos no sistema nervoso e na produção de hormônios que aumentam a sensibilidade à dor e favorecem crises intensas de dor de cabeça.
“Quando estamos estressados, o corpo libera substâncias como o cortisol e a adrenalina. Em excesso, esses hormônios provocam tensão muscular, alterações no fluxo sanguíneo cerebral e inflamações, fatores que podem não apenas disparar uma crise de enxaqueca, mas também prolongá-la e aumentar sua intensidade”, explica o DFelipe.
O especialista destaca que o estresse cria um ciclo prejudicial para quem sofre com enxaqueca: a dor intensa aumenta a ansiedade, que eleva ainda mais o estresse, mantendo as crises mais frequentes e debilitantes.
Como quebrar o ciclo do estresse que leva à enxaqueca
Para quebrar esse ciclo, o Felipe sugere estratégias eficazes:
- Atividade física regular: exercícios leves a moderados ajudam a liberar endorfinas, que funcionam como analgésicos naturais e reduzem a tensão muscular.
- Sono de qualidade: manter horários fixos para dormir e evitar telas antes de deitar ajuda a prevenir crises.
- Respiração e meditação: técnicas de respiração profunda e mindfulness diminuem a tensão e equilibram o sistema nervoso.
- Organização da rotina: planejar o dia e evitar sobrecarga de tarefas reduz os gatilhos emocionais.
“Controlar o estresse não significa eliminá-lo por completo, mas aprender a administrá-lo de forma saudável. Isso é fundamental para reduzir a frequência das crises de enxaqueca e melhorar a qualidade de vida”, conclui o médico.