A nova novela das sete da TV Globo promete muita representatividade e divertimento

Dia 30 de setembro estreia a nova novela das sete da TV Globo, Volta por Cima, que terá Madá (Jéssica Ellen) e Jão (Fabrício Boliveira) como protagonistas. A história se passa em um fictício subúrbio carioca, mas se encaixa perfeitamente na realidade dos brasileiros. Em coletiva de imprensa, com a presença da Guia da TV, a autora Claudia Souto explicou o motivo da escolha do ambiente: “A opção pelo subúrbio carioca é porque ele dialoga com as periferias de todo o Brasil. É uma história que poderia acontecer com qualquer um de nós”.

A autora aproveitou para destacar que a trama vai focar muito na humanidade dos personagens, sejam eles mocinhos ou vilões. “Vamos falar do humano e o quanto as relações impactam na vida, com doses de humor, comédia, tragédia e drama. Esse é o retrato de cada um de nós.”

Os ricaços

A trama é recheada de grandes atores, e alguns deles interpretam os Góis de Macedo, uma família que foi à falência e vive de aparências. Belissa (Betty Faria), Joyce (Drica Moraes) e Gigi (Rodrigo Fagundes) dão vida aos três mimados que ainda não se acostumaram com a nova situação de vida.

Uma presença marcante e feliz na trama é Betty Faria, que não faz novela desde 2020. Aos 83 anos, a atriz aproveitou o momento para fazer uma crítica às pessoas que agem como sua personagem. “Penso que a ostentação provoca um vazio muito grande, porque a pessoa nunca vai estar contente com o que conseguiu. Gera o desespero de ficar mostrando sua vida, relações e intimidades. Isso tudo para ser aceito e ter views. Isso está virando uma doença, porque o interior das pessoas não está sendo cuidado. Por isso vemos tanto ódio, porque ninguém está se cuidando para melhorar”, pontua.

Representatividade

É com muita felicidade que o elenco defendeu e comemorou a presença de mais atores negros nas obras brasileiras, como é o caso de Volta por Cima. Ailton Graça dá vida a Edson, dono da Viação Formosa, que enriqueceu às custas de muito trabalho e não esquece da vida na periferia. “Eu sou muito rico e adoro falar isso. Tenho cabelo nessa novela! A minha casa ocupa quase todo o estúdio. É lindo ver o ‘pretagonismo’. A representatividade importa, sim.”

“É de uma importância tão grande. Vocês não têm ideia da responsabilidade que essa novela carrega com os seus protagonistas. A partir do momento em que estabelecemos esse protagonismo em cena, junto com o Fabrício Boliveira e com a Jéssica Ellen, vamos para um outro lugar de afetividade que precisa ser construído. A afetividade é o que afeta o outro”, diz o ator.

Mais representativa, porque sim!

Além da trama ser recheada de incríveis atores negros, a novela trambém vai investir muito na representatividade do público amarelo, por meio de atores com ascendência japonesa, chinesa e coreana. Claudia revelou que a obra vai abordar um pouco dos k-dramas, séries coreanas que são um sucesso mundial e têm como uma consumidora ávida Tati, personagem de Bia Santana. “Tratar a cultura asiática já era um desejo antigo e agora ele se concretiza com o k-drama que exibiremos, com todo o cuidado de trazer atores asiáticos. O gênero é um fenômeno mundial e queremos falar com a comunidade que assiste”, contou a autora.