Vigorexia: um vício perigoso

O transtorno de distorção de imagem pode começar na academia e se tornar uma obsessão

Corpos fortes e musculosos são a nova tendência entre os frequentadores das academias. Claro que, além da estética, a massa magra – o músculo – é importante para o corpo em todas as fases da vida. Só que dentro deste contexto, existem diversas pessoas que acabam desenvolvendo uma doença chamada vigorexia.

De acordo com José Corbini, personal trainer do aplicativo Personal Virtual, “a vigorexia é um transtorno psicológico em que a pessoa tem distorção da sua própria imagem. Pessoas que sofrem com esta condição se enxergam ‘menores’ e com menos massa muscular do que realmente têm, e muitas vezes acabam usando outros meios – como anabolizantes – em busca do corpo perfeito”.

Mas, o que causa vigorexia?

A internet deve ser um fator a se considerar para a incidência da vigorexia. Para o personal trainer, a sua influência na vida das pessoas é muito grande. “Como muitas pessoas são influenciadas por estilos de vida, a ida às academias e treinos podem ser um ponto abordado no dia a dia.”

Vigorexia não é fácil

Identificar a vigorexia pode ser desafiador. As pessoas podem facilmente confundir muitos dos sintomas com comportamentos normais relacionados à busca por uma vida saudável e à prática de exercícios físicos. “No entanto, existem alguns sinais e sintomas que podem sugerir a presença desse transtorno. Alguns são a preocupação excessiva com a aparência muscular, exercício físico compulsivo, dieta restritiva e uso de suplementos e esteroides”, explica Corbini.

Além disso, é importante observar que o vício na academia em si não é necessariamente prejudicial. “Porém, as pessoas devem equilibrá-lo com outros aspectos da vida para não prejudicar a saúde mental ou física.” “A vigorexia, por outro lado, é um transtorno que requer tratamento profissional devido ao seu impacto negativo na saúde e qualidade de vida.”

O tratamento da vigorexia

Corbini pontua que existe, sim, tratamento para esse transtorno. “É importante que pessoas que são diagnosticadas com vigorexia tenham acompanhamento e avaliação médica, psicológica, terapia e, se necessário, o uso de medicação”, finaliza.