A gravidez tardia pede cuidados especiais com a saúde da mulher e do bebê
Especialistas esclarecem os cuidados essenciais e desafios da mulher que escolhe ser mãe após os 40 anos
Gravidez tardia tem sido cada vez mais comum, e Gisele Bündchen comprova tornando-se é a mais nova mamãe! Depois de Sabrina Sato, aos 43 anos, anunciar que estava grávida, a übermodel brasileira surpreendeu os fãs ao confirmar a notícia de que está grávida. Gisele espera um bebê do seu namorado, o instrutor de jiu-jítsu Joaquim Valente, com quem assumiu o relacionamento em março deste ano.
Gravidez tardia: mamãe aos 44 anos!
Em sua terceira gestação, primeiro filho com Joaquim Valente, a gravidez de Gisele, agora com 44 anos, pede, entretanto, alguns cuidados, que terão que ser reforçados em prol da saúde de mãe e bebê. Especialistas esclarecem como a top model deve cuidar da saúde durante essa fase!
O ginecologista César Patez explica que, com a fertilidade declinando após os 35 anos, engravidar aos 44 é considerado raro, porém, é possível, sim! “Após essa idade, a mulher tem menos óvulos e a qualidade desses óvulos também diminui, e inegavelmente, o que torna a concepção mais difícil. No entanto, cada vez mais mulheres buscam tratamento de fertilidade, e muitas conseguem engravidar com apoio médico,” explica Dr. César.
Técnicas para realizar o sonho da maternidade
O ginecologista lembra que tecnologias como a fertilização in vitro (FIV) e a indução da ovulação oferecem alternativas para quem enfrenta dificuldades, mas a decisão de buscar ajuda deve ser feita com orientação de um profissional. Ele explica que, embora a gravidez aos 40 seja cada vez mais comum, ela requer acompanhamento médico específico e atenção especial tanto à saúde da mãe quanto ao desenvolvimento do bebê.
Os cuidados em uma gestação tardia
“Em uma gestação acima dos 40 anos, monitorar a saúde materna é essencial,” orienta. Cuidados específicos com pressão arterial, glicemia e colesterol tornam-se indispensáveis, devido ao risco aumentado de hipertensão gestacional, diabetes e outras condições que podem impactar a saúde da mãe e do bebê. Exames de pré-natal devem ser ainda mais rigorosos, e o acompanhamento contínuo permite detecção e intervenção precoce em possíveis complicações.
Os riscos
Flávia Mambrini, ginecologista, explica que “a gravidez após os 40 anos envolve riscos mais altos devido a fatores como a diminuição da qualidade e quantidade dos óvulos, o que pode aumentar as chances de anomalias cromossômicas, como a Síndrome de Down. Além disso, o risco de complicações gestacionais, como hipertensão e diabetes, também é mais elevado.”
Ela reforça que “o acompanhamento médico é essencial para identificar precocemente qualquer condição que possa colocar em risco a saúde da mãe e do bebê. Com um pré-natal bem estruturado, muitos desses riscos podem ser monitorados e gerenciados.”
Lais Gonzales, Ginecologia regenerativa, também alerta para a probabilidade de complicações como hipertensão gestacional, diabetes gestacional, pré-eclâmpsia, parto prematuro, bebês com baixo peso ou ainda com variações cromossômicas como a síndrome de Down.
Estar saudável é fundamental!
“Uma mulher que decide engravidar após os 40 anos precisa estar consciente da necessidade de estar saudável para iniciar essa jornada e diminuir assim os riscos de complicações. Com o avanço da medicina e um acompanhamento de pré-natal adequado, é possível monitorar de perto qualquer risco e garantir os melhores cuidados para a mãe e o bebê”, orienta.
Saúde dental também é foco
Outro cuidado importante durante a gestação +40 é com a saúde bucal. Dr. Cesar Rodrigues, especialista em implantodontia e odontologia estética, explica que as gestantes são mais propensas a desenvolver doenças periodontais, como gengivite e periodontite.
“Essas condições podem afetar tanto a saúde da mãe quanto a do bebê”, alerta o especialista. Ele recomenda cuidados básicos como a escovação regular, o uso de fio dental, e a realização de consultas odontológicas nos primeiros meses de gestação para evitar complicações.
Além disso, Cesar enfatiza a necessidade de atenção ao bruxismo, que pode se intensificar durante a gravidez devido às alterações metabólicas e ao aumento da tensão emocional. Para isso, ele sugere o uso de Placas Miorrelaxantes e a prática de técnicas de relaxamento sob supervisão médica.
Nutrição é essencial
A nutrição também tem papel fundamental na gestação saudável. Durante a gravidez tardia, a nutricionista Fernanda Larralde, da Bio Mundo, destaca a importância de uma alimentação equilibrada para garantir o desenvolvimento saudável do bebê e o bem-estar da mãe. Ela recomenda a ingestão de alimentos ricos em nutrientes, como frutas, verduras, proteínas magras, e grãos integrais, além de manter-se hidratada e controlar o consumo de cafeína e açúcar.
Vantagens x desafios da gravidez tardia
A experiência acumulada e a maturidade são grandes vantagens da gravidez aos 40 anos, mas o desafio físico pode ser maior. “O corpo exige mais, e o desgaste físico é real. Equilibrar a rotina com filhos mais velhos e o planejamento do parto é uma tarefa que exige paciência e autocuidado.”
Para mulheres como Gisele, essa gestação pode ser a realização de um sonho, um presente tardio. “Cada gravidez é única, e aos 44 anos, essa experiência pode ser ainda mais especial. O que vale é o planejamento, o apoio e o acompanhamento médico para que esse período seja vivenciado com alegria e segurança,” conclui César Patez.
