Especialista em carreira compartilha dicas para um convívio pacífico e respeitoso entre colegas
O ambiente de trabalho é um lugar no qual existem regras claras de performance e resultados, mas dificilmente como se comportar com os colegas, principalmente com aqueles que agem de maneira diferente. Foi pensando nisso que Daniela do Lago escreveu o livro Bom senso: na vida e no trabalho. Você acha que realmente tem? “A ideia surgiu da indignação de vários profissionais que atendo com comportamentos egoístas e egocêntricos nas empresas e no seu círculo de amigos. E isso se acentuou na pandemia. Então, por que não escrever um livro para relembrar às pessoas o porquê vivemos em sociedade?”, explica a autora.
Dividido em carreira e vida pessoal, o livro discute pontos importantes do dia a dia, como o uso do Whatsapp, os primeiros 90 dias no novo trabalho, gestantes na empresa, e responde questões que geram dúvidas e saias-justas, como “posso falar de política dentro da empresa?”, “devo fazer reuniões com câmeras abertas ou fechadas?”, além de muitos esclarecimentos sobre bom senso relacionados a confraternização de fim de ano, viagens e férias.
Em conjunto
Como sociedade, estamos sempre convivendo uns com os outros, seja em ambientes públicos, no trabalho ou até mesmo nos relacionamentos com amigos e familiares. Só que essa convivência, diversas vezes, não tem limites impostos sobre o que é certo ou errado nas atitudes, e muitas pessoas não têm o bom senso para entender como se comportar de acordo com a situação presente.
Para a autora, o objetivo principal do livro é entender a sociedade em si. “É relembrar de maneira prática e didática o porquê fazemos o que fazemos, por que temos que agir de certa forma que, às vezes, não é do meu agrado, mas que para o coletivo é superimportante que seja feito daquela maneira”, afirma.
Reflexão
O livro traz reflexões necessárias para os leitores, e são importantes por serem questões atuais e pertinentes ao cotidiano de trabalho das pessoas. “Escolhi os temas que mais trazem conflitos. É um livro que irá contribuir para a diminuição de conflitos comportamentais nas empresas”, acrescenta.
Algumas vezes, temos que lidar com colegas de trabalho que têm atitudes que não agradam,
e para que isso seja convertido, as regras devem ser claras, mas a especialista também aponta uma outra saída. “Precisamos aprender a ter conversas difíceis e entender que isso não é ruim, é só uma dificuldade. Quando nos comunicamos com empatia de maneira clara e assertiva, abre-se a oportunidade para falarmos sobre qualquer as- sunto e ser bem compreendido”, indica.
Regras de convivência no ambiente de trabalho
Existem várias regras de convivência que devemos adotar no ambiente profissional, e a autora Daniela aponta que a principal delas é o respeito ao próximo. “Entender que não estamos sozinhos e nem sempre o que desejamos fazer é bom para o grupo. Colocar-se no lugar do outro é crucial para a convivência no trabalho”, declara.
Além disso, a especialista também vê que os chefes e líderes das empresas precisam dar exemplo para sua equipe. “A liderança deve agir dentro das regras que propõe que o grupo siga. O maior erro dos líderes é achar que ninguém o está observando a todo momento… sim, todos o observam a todo momento!”, explica.
Sou tóxica?
A maioria das pessoas sempre acha que a pessoa tóxica é o outro no ambiente de trabalho. “Ouço os grupos de amigos se considerando como “pessoas do bem” (será mesmo?). Nas empresas por onde passo, nas minhas palestras peço para levantar a mão quem já foi motivo de fofoca; quase que todos já foram vítimas, mas engraçado é que nunca encontro o fofoqueiro”, argumenta Daniela.
Nas redes sociais, o comportamento na internet vem piorando com o tempo e com aqueles haters que dedicam sua vida para comentar de maneira maldosa com intuito de machucar e ferir os outros.
“Bom senso, então, nem se fale, eu sempre digo e repito: bom senso é uma das coisas mais bem distribuídas na face da terra, todos acham que têm de sobra e o que falta é no outro!”, classifica.
Para a especialista, se você se observou nas situações citadas acima, talvez a pessoa tóxica seja você!